Qualquer pessoa que não seja proprietária de uma empresa pode romantizar a idéia de “ser um empreendedor”. É fácil imaginar CEOs que têm status e levam grandes salários para casa. Mas se você é um empreendedor, sabe que a vida de um empresário raramente é tão simples, especialmente quando se trata do salário de empreendedor.
Se você está apenas começando ou está no ramo há anos, provavelmente está se perguntando constantemente – eu deveria receber um salário de empreendedor?
Em uma palavra: Sim! Bem, de maneira robusta. Pelo menos até certo ponto.
Vamos analisar os pontos mais delicados do salário do empresário, para que você possa respirar com calma por não estar estragando essa coisa de empresário – e saiba que você está 100% não sozinho.
Como definir quanto me pagar?
Se você está pensando em quanto se pagar como empreendedor, pode estar se perguntando o que os outros no seu lugar ganham. Embora muitos proprietários de pequenas empresas não recebam nenhum salário, isso não significa que você deva renunciar a um salário de empreendedor.
De qualquer forma, é claro que a maioria dos proprietários de pequenas empresas empreende porque amam, e não porque quer ficar rico rapidamente. Qualquer pessoa que tenha sido empreendedora sabe que é um trabalho árduo, muitas vezes chegando até tarde da noite e fins de semana. A boa notícia é que, à medida que você cresce, também pode esperar que o seu salário de empreendedor aumente.
Por que um empreendedor deve receber um salário?
Você provavelmente já trabalhou mais no lançamento de seus negócios do que em qualquer outro emprego em sua vida. É uma coisa 24/7/365 que nunca acaba. E você tem sorte se pensar em mais alguma coisa. Você derramou sangue, suor, lágrimas e quem sabe o que mais faz desse sonho uma realidade.
Pode não ser perfeito ainda, e você pode não ter tudo junto – mas você precisa pelo menos planejar receber alguma compensação por isso.
O que é importante saber é que não existe apenas um tipo de salário de empreendedor. E não há uma equação precisa para determinar como os empreendedores devem se pagar, pois a escolha certa varia muito de acordo com o tipo de negócio, idade, saúde financeira e muito mais.
Etapa 1: Separe seus negócios e finanças pessoais o mais rápido possível
Nos primeiros dias em que o gerenciamento de seus negócios ocorre, muitos empresários confundem as linhas entre negócios e finanças pessoais. Antes mesmo de começar a discutir como se pagar, é essencial que você primeiro planeje acompanhar despesas e receitas da sua empresa separadamente.
Isso começa com uma conta bancária comercial distinta. A combinação de finanças pessoais e comerciais não apenas causa dores de cabeça na contabilidade – como também pode arruinar suas chances de garantir um empréstimo para pequenas empresas quando a empresa estiver pronta. Se você ainda estiver usando a mesma conta corrente para gerenciar seus negócios e finanças pessoais, corrija isso agora.
Você pode começar solicitando uma conta corrente comercial online ou verificar se o seu banco local oferece opções gratuitas de conta corrente comercial.
Você também deve solicitar um cartão de crédito comercial pago regularmente em sua conta bancária comercial. Isso pode ajudá-lo a aumentar o crédito conforme a empresa cresce.
Etapa 2: escolha o tipo certo de salário de empreendedor
Depois que suas finanças pessoais e de negócios estiverem separadas e organizadas, você precisará começar a considerar como se pagar.
Porém, antes de avaliar os prós e os contras de diferentes valores e prazos de compensação, sua decisão sobre como e quando receber um salário dependerá da estrutura de seus negócios.
O que é pró-labore?
Pró-labore nada mais é, do que o salário pelo trabalho do administrador da empresa. No momento que é feita a constituição da empresa, um sócio deve ser determinado como administrador.
E quais são as regras do Pró-Labore?
- Não existe na lei um valor mínimo para o pró-labore. Porém, considerando a tabela do INSS, para que o contribuinte possa ter direito a aposentadoria, podemos entender então que o valor deve ter como base o salário mínimo vigente.
- Ainda em relação ao Pró-labore, não existem regras referentes a décimo terceiro salário, férias e contribuição para o FGTS. Contudo, existe a incidência de INSS. Se a empresa optar pelo Simples Nacional, o administrador deve contribuir com 11%. Caso não opte pelo Simples, além da contribuição individual do empresário, também existe a contribuição do empregador, 20%, somando 31%.
- Não existe na lei de valor mínimo para o trabalho. Porém, com base na tabela do INSS, para que o contribuinte tenha direito à aposentadoria, o indicado é que o mínimo seja equivalente ao salário mínimo vigente.
Preciso ter um Pró-labore?
Muitos afirmam que não, mas podemos entender que sim, afinal existe a obrigação de contribuição previdenciária, sendo assim é obrigatório pagar pró-labore.
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